Este artigo trata da problemática da violência na adolescência, fenômeno extremamente grave hoje, do ponto de vista social e de saúde pública.
Procura-se mostrar que a "adolescência" como etapa biológica da vida possui, na sua configuração, um peso social fundamental. Não existe adolescência em geral, assim como não há violência em geral.
Tomando como base a classificação da Organização Mundial da Saúde, constata-se que as "causas externas" constituem a primeira causa de morte na faixa etária de 5 a 14 anos (46,5%) e dos jovens de 15 a 29 anos (64,4%), no conjunto das causas de mortalidade desses grupos de idade.Sendo nesses segmentos etários a primeira causa de morte. São dados estarrecedores que apresentamos em tabelas, a seguir, como pano de fundo para uma reflexão mais reveladora.
Procura-se mostrar que a "adolescência" como etapa biológica da vida possui, na sua configuração, um peso social fundamental. Não existe adolescência em geral, assim como não há violência em geral.
Tomando como base a classificação da Organização Mundial da Saúde, constata-se que as "causas externas" constituem a primeira causa de morte na faixa etária de 5 a 14 anos (46,5%) e dos jovens de 15 a 29 anos (64,4%), no conjunto das causas de mortalidade desses grupos de idade.Sendo nesses segmentos etários a primeira causa de morte. São dados estarrecedores que apresentamos em tabelas, a seguir, como pano de fundo para uma reflexão mais reveladora.
Evidentemente que esse grupo de causas não consegue dar conta de todos os tipos de violência que nossa consciência social conhece. No entanto, constituem parâmetros importantes para pensarmos, do ponto de vista da saúde, tanto a "previnibilidade" como a "previsibilidade" das ações, como chama a atenção Mefio Jorge (1988).
Posto o problema, permito-me dar mais um passo e dizer que esses dados estarrecedores ainda não revelam com toda a crueza as contradições e conflitos que os permeiam. Como costuma acontecer com dados aglomerados, esses não nos permitem saber: quem está morrendo, quem está ficando inválido e doente pelas "causas externas"? Como isso está ocorrendo? O "onde" está relativamente descrito. Ou seja, embora no campo a violência das relações de poder, de propriedade e de sobrevivência esteja ceifando muitas vidas de crianças e jovens, é nas cidades, particularmente nas grandes metrópoles, que a morbi-mortalidade por causas externas se constitui.
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