quarta-feira, 27 de março de 2013

JUVENTUDE E CRIMINALIDADE


Já virou rotina no noticiário do BOM DIA. Praticamente todos os dias, um ou mais jovens têm protagonizado o cenário policial com o envolvimento em casos de pequenos delitos (furtos, roubos), vandalismo (destruição a próprios públicos e ônibus) e, tão ou mais preocupante ainda, por porte e tráfico de drogas.

O envolvimento criminoso muitas vezes reincidente pelo uso ou negociação de entorpecentes em escala cada vez mais aguda produz estatísticas que, mais que produzir reportagens como a de hoje, revelam uma inquietante incerteza quanto ao futuro desta juventude.

Ainda mais quando o que está por vir têm estreita relação com o que irá se ingerir, injetar, tragar. E, depois disso, assaltar, extorquir, ameaçar. E matar. E, amanhã, tudo de novo. Crimes denunciados e divulgados apenas com as iniciais. Gente jovem demais até para ser conhecida como bandido pelo nome.

É verdade que há muitos fatores para se considerar antes de se julgar um jovem que se envereda pelos meios da criminalidade. Não raro, a ausência da família,  o preconceito e a fome moldam toda uma história na qual a própria vida é a única escola da qual não se pode fugir. 

Fato também é que nem todos compartilham da mesma desgraça para justificar a escolha pelo que há de pior. Há os que escolhem, pela ingenuidade ou  imprudência própria da idade, o pior lado desta fase da vida que não volta mais. E não há  posição social ou qualidade de ensino  que os impeçam disso.    

Como que em uma vala comum, jovens criminosos, ricos e pobres, se nivelam (por baixo) e produzem o que há de pior - e, por consequências, as notícias. Os números divulgados hoje pelo BOM DIA estão aí para mostrar até que ponto vai a influência da droga nesta triste estatística juvenil.
   

A mudança deste quadro passa pela Educação - por mais que isso seja um clichê, não deixa de ser verdadeiro. Antes de se pensar em livrar o jovem do crime, é necessário retirar dele tudo que representa a criminalidade - os vícios, as armas, as grades.

Terceirizar a responsabilidade apenas ao governo não adianta. Toda a sociedade precisa abraçar o compromisso de resgatar aqueles que, agora, deveriam estar preocupados tão somente em construir - e não o contrário.

Bauru também precisa demonstrar a sua parcela de contribuição no apoio institucional ou voluntário àqueles que, pelo menos agora, precisam de uma referência qualquer que sejam as que acumulam anos de crescimento e conhecimento e não os de condenação. 



Fonte: http://www.diariosp.com.br/blog/detalhe/11227/Juventude+e+criminalidade



Comentário:

Está ficando cada vez mais difícil controlar a criminalidade em nosso país, principalmente quando se tem muitos jovens envolvidos nessa situação.



Postado por Amanda Letícia.



quarta-feira, 20 de março de 2013

Tráfico de drogas lidera condenação de adolescentes - RJ

De 2001 a 2004, o tráfico de drogas foi o crime mais comum praticado por menores do Rio de Janeiro. É o que mostram as estatísticas disponíveis da 2ª Vara de Infância e Adolescência do Rio de Janeiro.

Nesse intervalo, 4.472 crianças e adolescentes foram condenados por tráfico, menores de 18 anos recebem medidas socioeducativas, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente. É um número superior ao de condenações por furto, segundo mais comum no mesmo período, com 4.239 registros.

As condenações por tráfico superam também as por roubo, quando comparado o período de 2001 a 2003 (em 2004, o registro de 78 roubos é muito baixo e está provavelmente subestimado, segundo a 2ª Vara da Infância e Adolescência). Foram 3.593 casos de tráfico nos três anos, antes o número era de 2.881 roubos.

O ano que registrou maior número de condenações por tráfico foi o de 2002, com 1.378 casos. Nos dois anos seguintes, houve queda e, em 2004, o ano terminou com 879 condenações.



Comentário: O trafico hoje é uma saída para os adolescentes de classes mais baixa, a falta de recursos financeiros e a grande "porta" que o trafico apresenta leva muitos a se envolverem. Conseqüências são claras para quem se envolve com o crime, como podemos ver hoje o trafico de drogas é o maior causador de condenação entre adolescentes.

Preguiça

A preguiça pode ser interpretada também como aversão ao trabalho negligência, indolência, mandriice, morosidade, lentidão, pachorra, moleza, dentre outros.

O preguiçoso, conforme o senso comum, é aquele indivíduo avesso a atividades que mobilizem esforço físico ou mental. De modo que lhe é conveniente direcionar a sua vida a fins que não envolvam maiores esforços.

A preguiça é algo que pode ser combatido e pode ter motivações psicológicas ou fisiológicas.

O indivíduo pode não estar se adaptando ao meio em que vive, visto que a sociedade exige dele determinadas posturas e ações como trabalho, estudo, obrigações morais, obrigações sociais, etc. Portanto, o que poderia determinar o seu sucesso ou não é a capacidade de conciliar as suas necessidades com as demandas do meio em que está.

Não há definições médicas ou psiquiátricas que classifiquem a preguiça como patologia. Os momentos de ócio são muito indicados para a manutenção da saúde mental. É importante ressaltar, todavia, que a preguiça é sintoma de algumas patologias como a Narcolepsia, que é o excesso de sonolência, a Depressão, cujos sintomas incluem passividade e falta de motivação, ou, ainda, síndromes ligadas ao cansaço, como a Síndrome da Fadiga Crônica. Nesse sentido, é importante estar atento à relação que é estabelecida com a preguiça. Resumindo e respondendo: nem todo preguiçoso está doente, mas algumas pessoas, quando doentes, apresentam preguiça entre seus sintomas.



Fonte:http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=1565

Comentário:Como a preguiça não é considerada uma patologia, não se pode falar em cura. A falta de disposição pode estar ligada a falta de um sentido maior nas motivações. Às vezes é melhor o sorriso de uma pessoa do que um grande valor financeiro, por exemplo.

Enfim, para superar a preguiça é necessária uma análise profunda sobre a própria vida, o pensamento e as motivações. Se sentir útil para si e para os demais, exige coragem e muita força de vontade.

ALCOOLISMO NA ADOLESCÊNCIA

Alcoolismo nunca foi problema exclusivo dos adultos. Pode também acometer os adolescentes. Hoje, no Brasil, causa grande preocupação o fato de os jovens começarem a beber cada vez mais cedo e as meninas, a beber tanto ou mais que os meninos. Pior, ainda, é que certamente parte deles conviverá com a dependência do álcool no futuro.
Para essa reviravolta em relação ao uso de álcool entre os adolescentes, que ocorreu bruscamente de uma geração para outra, concorreram diversos fatores de risco. O primeiro é que o consumo de bebida alcoólica é aceito e até estimulado pela sociedade. Pais que entram em pânico quando descobrem que o filho ou a filha fumou maconha ou tomou um comprimido de ecstasy numa festa, acham normal que eles bebam porque, afinal, todos bebem.
Sem desprezar os fatores genéticos e emocionais que influem no consumo da bebida – o álcool reduz o nível de ansiedade e algumas pessoas estão mais propensas a desenvolver alcoolismo –, a pressão do grupo de amigos, o sentimento de onipotência próprio da juventude, o custo baixo da bebida, a falta de controle na oferta e consumo dos produtos que contêm álcool, a ausência de limites sociais colaboram para que o primeiro contato com a bebida ocorra cada vez mais cedo.
Não é raro o problema começar em casa, com a hesitação paterna na hora de permitir ou não que o adolescente faça uso do álcool ou com o mau exemplo que alguns pais dão vangloriando-se de serem capazes de beber uma garrafa de uísque ou dez cervejas num final de semana.
Não se pode esquecer de que, em qualquer quantidade, o álcool é uma substância tóxica e que o metabolismo das pessoas mais jovens faz com que seus efeitos sejam potencializados. Não se pode esquecer também de que ele é responsável pelo aumento do número de acidentes e atos de violência, muitos deles fatais, a que se expõem os usuários.
Proibir apenas que os adolescentes bebam não adianta. É preciso conversar com eles, expor-lhes a preocupação com sua saúde e segurança e deixar claro que não há acordo possível quanto ao uso e abuso do álcool, dentro ou fora de casa.
EFEITOS METABÓLICOS
Drauzio – Qual é a diferença dos efeitos metabólicos do álcool no corpo dos meninos e das meninas adolescentes?
Ronaldo Laranjeira – A grande diferença é que a mulher tem um padrão enzimático de absorção do álcool mais efetivo e rápido, porque possui relativamente mais gordura e menos água no organismo. Se compararmos uma menina e um menino, com mesma estatura e peso, que tenham ingerido quantidade igual de álcool, veremos que a concentração alcoólica é maior no sangue da menina. Sendo assim, o dano biológico que o álcool produz nela é mais devastador.
Daí, nossa preocupação com essa mudança substancial no padrão de consumo do álcool na adolescência. Estudos considerando a população adulta do Brasil mostram que 50% das mulheres e 30% dos homens não bebem nada. Entre os adolescentes, essa diferença desapareceu em apenas uma geração. Independentemente do sexo, 25% dos adolescentes bebem em quantidades perigosas do ponto de vista biológico. As meninas que estão começando a beber precocemente grandes volumes, com certeza, irão apresentar no futuro mais danos biológicos do que suas mães e seus colegas meninos.
INCENTIVO AO CONSUMO
Drauzio – Ao que você atribui a tendência ao alcoolismo ter-se tornado mais acentuada na adolescência e a das meninas beberem mais do que suas mães?
Maurício de S. Lima – A propaganda dirigida ao público jovem é mais intensa hoje e existem produtos desenvolvidos especialmente para essa faixa etária. Um exemplo são as sodas alcoólicas que, apesar de aparentemente fraquinhas, contêm teor alcoólico muito mais elevado do que a cerveja.
Por outro lado – e outro motivo de grande preocupação –, é alguns pais permitirem que os filhos bebam porque não vêem problema na bebida. A justificativa é que, afinal, todos os adolescentes bebem. Por isso, aceitam como normal o fato de os filhos começarem a consumir álcool cada vez mais cedo. Hoje, é comum os adolescentes se reunirem na casa de um deles para o “esquenta”, ou seja, para beber alguma coisa e chegar meio alcoolizados à festa. Se não for assim, parece que a festa não tem graça.
Ronaldo Laranjeira – É importante destacar essa ideia de que, no Brasil, muitos pais acham normal os garotos de 14 anos beberem grandes volumes. Isso não acontece em países como os Estados Unidos, por exemplo, onde 21 anos é a idade mínima que a pessoa precisa ter para comprar bebida alcoólica, porque se chegou à conclusão de que o consumo precoce de álcool, além de aumentar o risco de acidentes, facilita o uso de outras drogas.
E lá a lei não ficou só no papel. Seu cumprimento passou a ser rigorosamente acompanhado por fiscais que controlam a venda de bebida para menores. Nos últimos 20 anos, graças a essa fiscalização efetiva, caiu muito o número de acidentes relacionados com o “beber e dirigir” naquele país.
CONTROLE DO CONSUMO
Drauzio – No Brasil, não existe nenhum tipo de controle. Moro no centro de São Paulo, bem perto de um grande colégio, na frente do qual funciona um supermercado. Frequentemente de manhã, quando saio de casa, vejo um grupo de alunos do segundo grau, portanto entre 14 e 17 anos, tomando cerveja na porta do supermercado. É óbvio que conseguiram comprar cerveja apesar da pouca idade.
Ronaldo Laranjeira – Uma pesquisa realizada por nossa equipe em Diadema e Paulínia, duas cidades paulistas, mostrou que os entrevistadores adolescentes conseguiram comprar bebida alcoólica em 95% dos estabelecimentos visitados (mundialmente, a taxa aceitável é de 10%), o que denota total descontrole da situação.
Na verdade, vivemos num mercado descontrolado, estrategicamente favorecido pela indústria do álcool. No Brasil, há um milhão de pontos de venda de álcool, um para cada 180 mil habitantes, a propaganda é bastante intensa, o preço é baixo e prevalece a falta de controle sobre a comercialização da bebida para menores de idade.
Drauzio – O custo da bebida alcoólica também tem papel importante no alcoolismo.
Ronaldo Laranjeira – Sem dúvida, o preço baixo é um dos fatores que facilitam o consumo de álcool pelos adolescentes. Nas reuniões da Organização Mundial de Saúde, quando se fala que, no Brasil, um litro de pinga custa meio dólar e a latinha de cerveja, menos do que a de coca-cola, ninguém acredita. Outro fator de risco importante é a ausência de controles sociais que ajudem as pessoas a beber menos ou a retardar o começo do beber regular que, no nosso país, ocorre em torno dos 14 anos.
Maurício de S. Lima – Já que estamos falando em controles sociais, é fundamental destacar que eles devem começar em casa. Muitos pais dão mau exemplo, quando se vangloriam de que secaram uma garrafa de uísque ou não sei quantas latinhas de cerveja no fim de semana. Os filhos chegam à adolescência ouvindo isso de uma pessoa que lhesw serve de referência, o que de certa forma acaba incentivando-os a consumir álcool.
Sempre vale a pena repetir também que, se a bebida alcoólica traz prejuízos para o adulto, prejudica muito mais o corpo ainda em formação do adolescente. A época do estirão puberal, por exemplo, é extremamente contra-indicada para o contato com o álcool, uma substância tóxica que se distribui por todos os órgãos do organismo.
Drauzio – Você poderia explicar o que é o estirão puberal?
Maurício de S. Lima – É a famosa espichada que ocorre na adolescência. A criança cresce num determinado ritmo, que é acelerado quando chega a puberdade. Nessa fase de crescimento rápido, o contato com o álcool é muito prejudicial para o organismo. Isso para não falar no aumento do número de acidentes que seu consumo provoca nessa e em qualquer outra faixa de idade.
Drauzio – Na verdade, o álcool é tóxico em qualquer dose.
Ronaldo Laranjeira – É tóxico em qualquer dose; a diferença está só na intensidade dos efeitos tóxicos. Doses mais baixas têm menos toxicidade do que as mais altas, o que não quer dizer que, consumido em pequenas quantidades, o álcool deixe de trazer danos biológicos para as mulheres grávidas e para os adolescentes, por exemplo. Traz, sim, embora a propaganda se encarregue de fazer as pessoas se esquecerem do componente tóxico do álcool, principalmente durante o crescimento, quando não só o corpo, mas também o cérebro se desenvolve numa velocidade espantosa.
No Brasil, a maioria dos adolescentes ainda não bebe, mas os que bebem, bebem muito e com picos de consumo. Embora pouco se fale, esse padrão de consumo – a pessoa não bebe nada durante a semana, mas no fim de semana bebe cinco vodcas ou dez cervejas -, do ponto de vista biológico, é muito danoso para o organismo.
Maurício de S. Lima – É bom pensar que para conseguir beber cinco vodcas ou dez cervejas num dia, antes o adolescente começou por uma bebida que eles chamam de “light”, mas que nada tem de “light”, em casa ou numa festa.
A questão é que, atualmente, festa de adolescentes sem bebida alcoólica parece que não tem graça. Já vi muitos deles insistindo – “Pai, se na minha festa não tiver alguma coisa para beber, meus amigos não vão”, isso aos 13 anos e não aos 17, 18 anos. Conheço um pai que acabou cedendo e permitiu que servissem uma bebida fraquinha na festa do filho. Mesmo assim, um dos convidados exagerou na dose e passou mal. No dia seguinte, o pai desse garoto foi reclamar na escola da irresponsabilidade do outro que tinha oferecido bebida para quem não estava acostumado e não sabia qual era o momento de parar.
Drauzio – O que você acha que os pais devem fazer quando o adolescente insiste messe ponto?
Maurício de S. Lima — Não devem dar a festa com bebida alcoólica.
Ronaldo Laranjeira – Temos de acreditar nas leis e respeitá-las. No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente deixa claro que é proibido oferecer até os dezoito anos qualquer tipo de substância que aja no cérebro da criança. Então, os pais que, em sua casa ou numa festa, permitem servir bebida alcoólica para adolescentes estão infringindo a lei do país.
CONHECENDO LIMITES
Drauzio – O álcool é uma droga socialmente aceita. Como o pai pode ajudar o filho a conhecer seus limites?
Ronaldo Laranjeira – Em casa, em situações familiares bem definidas, mesmo o filho sendo menor, o pai pode ensiná-lo a beber. Aliás, isso foi sempre feito assim. Nas culturas mediterrâneas, as crianças aprendem a beber nas cerimônias de família, como parte de um ritual. No almoço de domingo, por exemplo. Entretanto, nesse contexto alimentar harmonioso, que inclui o vinho, a intoxicação alcoólica é condenada.
Muito diferente é o pai permitir que na festa do filho crianças de 13, 14 anos bebam com o objetivo de intoxicar-se. Porque querem bebidas destiladas para ter um “barato”, não são poucos os adolescentes desistem de participar das festas, quando o convidado principal – o álcool – não está presente,
Maurício de S. Lima – Muitos pais perguntam se o filho não ficará frustrado se não houver bebida alcoólica na sua festa. Se ficar, não tem importância. Frustração faz parte da vida. Eu mesmo fico frustrado todos os dias, às vezes, várias vezes no mesmo dia. Portanto, ótimo que o filho se sinta frustrado num ambiente em que o assunto pode ser ventilado e discutido. Essa é uma forma que ele tem de aprender a lidar com as frustrações que, sem dúvida alguma, terá de enfrentar em muitos outros momentos da vida. O problema é que a relação pais e filhos está mais difícil, porque os filhos estão se tornando cada vez mais exigentes e os pais, com mais dificuldade de dizer não.
Drauzio – Na verdade, os pais se sentem inseguros porque, se proibirem o filho de beber em casa, ele podem beber escondido na rua; se não deixarem que sirvam bebida na sua festa, ele beberá nas outras a que for convidado.
Ronaldo Laranjeira – Dentro de casa deve existir um padrão de comportamento baseado naquilo que os pais acreditam. Fora de casa, eles têm de buscar um tipo de ambiente que os filhos possam freqüentar e não devem tolerar que nesses locais haja descontrole no consumo de álcool.
Aliás, como cidadãos, os pais devem pressionar as autoridades para que medidas eficazes sejam tomadas nesse sentido. Foi o que aconteceu nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos e democráticos que criaram leis rígidas sobre o uso do álcool por adolescentes.
Na minha opinião, faz parte do processo democrático contar com uma sociedade preocupada em proteger seus membros, em especial os mais vulneráveis como são os dessa faixa de idade, uma vez que cada vez mais eles estão indo para longe de casa. Antes as famílias exerciam controle maior sobre os lugares que os filhos freqüentavam. Eles saiam, mas ficavam a dois quarteirões de distância. Agora, vão para o outro lado da cidade. A sociedade se sofisticou nas opções de lazer oferecidas aos adolescentes. Por isso, repito, é papel dos pais, como cidadãos, lutar por uma política de fiscalização nos ambientes que os filhos costumam frequentar.
Maurício de S. Lima – Os pais devem conversar com os filhos adolescentes e fazer a distinção entre duas condutas absolutamente diferentes: beber um cálice de vinho no contexto familiar, como parte de um ritual, e beber com o objetivo de ficar embriagado para a festa ter graça, por exemplo. Essa postura de diálogo em casa a respeito das preocupações paternas talvez seja a única coisa a fazer para que, na hora de tomar uma decisão diante da oferta de bebida alcoólica, os filhos pensem antes de agir e não ajam sem pensar.
Drauzio – Meu pai só tinha certezas. Eu nunca pude beber em casa antes dos 18 anos. Não se discutia, era proibido e pronto! Os pais de hoje têm muitas dúvidas quanto à melhor forma de educar os filhos. Como essa hesitação se reflete na vida dos adolescentes?
Maurício de S. Lima – Ela é péssima para os adolescentes. Eles se sentem mais seguros, quando os limites são colocados com clareza pelos pais. Podem até discordar, podem reclamar, o que normalmente acontece, mas depois refletem e acabam concluindo que foi bom terem sido alertados sobre determinadas situações de risco ou que foi bom o pai ter sido rígido exigindo respeito a certos princípios.
Atualmente, muitos pais chegam a consultar os filhos sobre o que acham conveniente fazer em determinadas situações, quando cabe a eles e não aos filhos a iniciativa de achar a melhor resposta para o problema.
No tempo de nossos pais ou avôs, bastava um olhar para os mais novos entenderem o que os mais velhos queriam. Hoje, ganhamos muito com a possibilidade do diálogo entre pais e filhos para chegarmos a um consenso. Entretanto, em assuntos como o do álcool, esse meio-termo não existe: os limites têm de ser colocados com firmeza. Na maioria dos casos, infelizmente, não é isso que os pais estão fazendo no momento.
Ronaldo Laranjeira – Sob esse ponto de vista, há dois parâmetros a considerar. O primeiro são os valores da família. Se os pais acham que o filho não deve ser iniciado no álcool antes dos dezoito anos ou que por motivos religiosos não deve beber, têm de deixar claro os limites impostos. O outro diz respeito à segurança. O adolescente precisa saber que beber fora de casa implica risco maior de sofrer vários tipos de acidentes e atos violentos. Há estudos categóricos provando isso. Portanto, mesmo abertos ao diálogo, em relação à segurança dos filhos não cabe discussão: os pais não devem autorizar que bebam fora de casa.
Maurício de S. Lima – Os pais não hesitam ao proibir que a criança pequena entre na cozinha quando há panelas sobre o fogão ou ande por locais perigosos. Da mesma forma que colocam telas na janela para evitar que caiam, precisam colocar “telas” emocionais para que o adolescente não se lance em situações perigosas, haja vista que os acidentes são a primeira causa externa de morte nessa faixa de idade, especialmente os acidentes relacionados com o consumo de álcool.
DEPENDÊNCIA
Drauzio – Normalmente, a dependência do álcool leva anos para estabelecer-se. Mesmo assim, é possível o adolescente tornar-se dependente?
Ronaldo Laranjeira – De fato, a dependência do álcool leva anos para estabelecer-se. Porém, um artigo publicado há pouco tempo no “Pediatrics” mostrou que  a exposição precoce à bebida alcoólica na adolescência aumenta muito a probabilidade de a pessoa tornar-se dependente.
Expor o cérebro em formação, principalmente no estirão da puberdade, à bebida alcoólica faz com que o jovem valorize o prazer químico do álcool e passe a usá-lo regularmente. Por isso, se comparada com a dos adultos que é de 11%, a prevalência do alcoolismo é baixa na adolescência, gira em torno de 2%, 3%. Mas, se levarmos em conta que os adolescentes estão começando a beber cada vez mais cedo, com certeza, as taxas de dependência do álcool vão subir muito nessa população de jovens que começou a beber cedo.
Drauzio – O que você chama de alcoolismo?
Ronaldo Laranjeira – Existem três padrões de consumo de bebida alcoólica. O padrão de baixo risco para os adultos é beber um ou dois copos de vinho, ou o equivalente em teor alcoólico, por dia. A maioria das pessoas tolera esse nível de toxicidade do álcool e não paga um preço biológico alto. Há quem diga até que esse padrão de consumo tem efeitos positivos.
Se beber mais do que isso, porém, estará fazendo uso nocivo do álcool, embora ainda possa não ser dependente. A dependência se caracteriza pelo uso regular de álcool em grandes volumes. Esse procedimento indica que a pessoa já se tornou tolerante e não bebe mais pelos efeitos agradáveis que a bebida possa provocar. Bebe porque precisa. Se não o fizer, fica irritada. Quem se vangloria de beber cinco doses de vodcas, de uísque ou dez latinhas de cerveja sem ficar bêbado já demonstra sinais de dependência porque pode expor o organismo a grandes volumes sem alterar o comportamento.
FATORES DE RISCO
Drauzio – Existem fatores de risco para o alcoolismo na adolescência?
Mauricio de S. Lima – Existem, sim, para o alcoolismo e para a dependência de qualquer outra droga. Existem até características que são geneticamente transmitidas, mas nem todos os que as possuem se tornam dependentes. Como Dr. Ronaldo falou, há pessoas que bebem e param sem criar dependência. A grande questão, porém, é que é impossível saber quem irá tornar-se dependente no futuro. Ninguém pode correr esse risco com os adolescentes, sobretudo porque nessa fase da vida, eles são tomados por um falso sentimento de onipotência: acham que tudo podem e que, portanto, pararão de beber quando quiserem. Outro fator que pesa muito é pertencer a uma turma em que todos bebem.
É importante destacar, ainda, que alguns adolescentes estão mais propensos a desenvolver esse tipo de comportamento. Vão a festas porque tem bebida e não por qualquer outro prazer que ela possa proporcionar.
Talvez, daqui a alguns anos, consigamos mapear essa tendência e alertar o jovem para que não entre em contato com determinadas substâncias porque, geneticamente, a probabilidade de tornar-se dependente é grande. Como não dominamos esse conhecimento ainda, a questão do álcool na adolescência deve ser tratada com muita cautela.
Drauzio – O adolescente que bebe está mais propenso a usar outras drogas?
Ronaldo Laranjeira – Disso ninguém tem dúvida. Uma das evidências mais consistentes na literatura médica é que o uso de álcool ou de cigarro antes dos 16, 17 anos aumenta muito o risco de experimentar maconha e, depois, partir para outras drogas.

FONTE: Drauziovarella.com.br

terça-feira, 19 de março de 2013

CONSEQUÊNCIAS DO BULLYING


Se não forem desencorajados, os alunos causadores de "bullying" poderão manter esse comportamento ao longo de toda a sua vida, seja em ambiente doméstico ou profissional, tornando-se indivíduos anti-sociais, violentos e, por vezes, criminosos.

Os alunos vítimas de "bullying" podem reagir de formas diferentes, consoante a sua personalidade e os seus relacionamentos familiares e sociais. Alguns, poderão não superar os traumas sofridos na escola e crescer com sentimentos negativos em relação a si próprios. Em idade adulta, poderão sentir dificuldades de relacionamento e até acabar por adaptar um comportamento agressivo sobre alguém que considerem mais frágil. Alguns casos extremos podem, inclusivamente, conduzir ao suicídio.



Como enfrentar o problema?


-->às crianças/jovens alvos de "bullying": aconselhe-as a ignorar as alcunhas e as intimidações morais, a cultivar amizades com colegas não agressivos, a evitar, os locais de risco na escola e a apresentar queixa aos professores, sempre que necessário. Se possível, fale com o Conselho Executivo da Escola ou com um professor que lhe pareça mais sensível ao problema e que possa acompanhar a situação, por exemplo: o Diretor de Turma.


-->às crianças/jovens autores de "bullying": evite os castigos e as punições físicas, que só desencadearão mais violência' Aconselhe-os a controlar a sua irritabilidade e a ocupar os tempos livres com atividades lúdicas de que gostem (desporto, jogos, música). Explique-lhes, insistentemente e ao longo do tempo, que a amizade com pessoas de diferentes personalidades pode trazer benefícios e aprendizagens úteis.

-->às crianças/jovens testemunhas de atos de "bullying": encoraje--as a intervir em defesa da vítima, fazendo queixa a um professor e não sendo conivente para com o agressor, de modo a tentar desencorajá-lo.


Fonte: http://km-stressnet.blogspot.com.br/2007/11/bullying-violncia-nas-escolas.html



Comentário:

As conseqüências causadas pelo bullying são bem graves, acaba que dura para sempre tanto na vida do agressor, quanto na vida da vítima por esse motivo Identificar e tratar este problema em tempo útil, envolvendo os alunos agressores, alunos agredidos, testemunhas, professores e pais ou encarregados de educação, é, portanto, essencial como forma de prevenção e redução de casos deste flagelo social.



Postado por Amanda Letícia.





quarta-feira, 13 de março de 2013

Timidez


Meu filho é tímido, mas vai muito bem na escola e não me dá trabalho... É um adolescente muito disciplinado...
Escutamos muito esse tipo de discurso de pais e professores, mas a timidez (ou retraimento social) pode ser um indício de problemas emocionais e comportamentais em adolescentes.
Jovens tímidos geralmente mantêm relações insuficientes com seus amigos e apresentam um padrão de conduta com carência ou déficit de relações interpessoais e com freqüência evitam ou se esquivam de contatos sociais. Como é um problema que afeta pouco as pessoas ao seu redor, este comportamento acaba sendo banalizado, sem a devida atenção e importância. A timidez é considerada comportamento internalizado, aqueles expressos “para dentro”, como depressão, medo etc.
Ser habilidoso socialmente é fator importante no desenvolvimento humano. Devido à sua importância para a sociedade, no Brasil existem profissionais que estudam o seu funcionamento e tratam as pessoas que sofrem por causa dos seus déficits de habilidades sociais. Infelizmente a timidez na infância ainda é pouco investigada por muitos colegas de profissão.
A ansiedade leve ou moderada e a inibição do desempenho em relações sociais podem estar relacionadas a condições genéticas e de aprendizagem, ficando muito difícil fazer uma separação entre esses dois fatores. Por exemplo, jovens que têm pais tímidos.
O relacionamento social adequado e satisfatório é fundamental para uma vida saudável. Muitos adolescentes tímidos sofrem por apresentar um repertório de habilidades sociais deficitário, que prejudica o seu desenvolvimento cognitivo, podendo ocasionar problemas afetivos e comportamentais.
Entre muitas intervenções com os jovens, uma que se destaca é o treinamento da melhora da assertividade. Um adolescente assertivo é aquele que demonstra os componentes necessários para um comportamento social adequado e conseqüentemente competente. Desenvolver a assertividade é enfrentar situações que envolva algum risco de conseqüências negativas e, quando são manifestadas, não afetem com tanta intensidade a pessoa “tímida”. Ela já estará treinada para administrar o autocontrole dos sentimentos negativos despertados pela ação do outro e não se sentirá tão incapaz diante da situação “conflituosa”. O jovem aprende a expressar de forma apropriada os seus sentimentos com redução de sua ansiedade e conseqüentemente o aumento de sua auto-estima.




Comentário: O tratamento para a timidez é a psicoterapia, onde são atacados de maneira sistemática e objetiva os sintomas mencionados anteriormente, promovendo uma alteração na maneira como o Indivíduo encara cada situação ao mesmo tempo em que se desenvolvem ou aprimoram-se habilidades sociais. Mas fique calmo talvez sua timidez sejá simples, você deve relaxar e tudo vai ficar bem.

BULLYING

Bullying é uma palavra inglesa que significa intimidação. Infelizmente, é uma palavra que está em moda devido aos inúmeros casos de perseguição e agressões que se estão detectando nas escolas e colégios, e que estão levando a muitos estudantes a viverem situações verdadeiramente aterradoras.
O Bullying se refere a todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro ou outros. O que exerce o "bullying" o faz para impor seu poder sobre outro através de constantes ameaças, insultos, agressões, humilhações, etc., e assim tê-lo sob seu completo domínio durante meses, inclusive anos. A vítima sofre calada na maioria dos casos. O maltrato intimidatório o fará sentir dor, angústia, medo, a tal ponto que, em alguns casos, pode levá-los a consequências devastadoras como o suicídio.


Comentario:

O Bullying é algo que vem a tona na atualidade dos jovens. Atitudes agressivas, intencioas e repetidas feitas por alunos a um outro que possue algum "problema", ameaças humilhações são caracteristicas do bullying. A vitima sempre mantem o silencio, mas ele sempre sofre por isso.

Fonte: http://br.guiainfantil.com/violencia-escolar/51-violencia-escolar-ou-bullying.html

Postador por

Walter B.

Obesidade x bulling


Obesidade na Adolescência

Segundo os últimos dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), são cada vez mais os jovens que sofrem do problema de excesso de peso. A obesidade é um problema que afeta qualquer tipo de pessoa e em qualquer idade, no entanto devido ao tipo de vida que hoje em dia os jovens levam, é cada vez mais comum ver (principalmente nos Estados Unidos e nos países Europeus), jovens a sofrer de obesidade na adolescencia.
Este problema além de afetar todo o sistema de saúde do adolescente, vai ainda danificar um dos pontos mais fortes e mais importantes para a criação de um ser adulto com força para aguentar a vida: a autoestima. Um jovem que sofre deste tipo de problema vai ter uma autoestima realmente baixa, com grandes dificuldades em fazer amizades ou manter a socialização a um nível que seja saudável, fazendo assim com que a vida adulta seja muito mais complicada de gerir, com a solidão e a falta de contactos a trazer-lhe inúmeros problemas.
A vida dos jovens é caracterizada por excessos, em todos os sentidos, inclusive na comida. Os jovens passam largas horas fora de casa, muitas vezes com várias refeições feitas na rua, por isso o recurso a comidas “de plástico”, a doces, bolachas e refrigerantes, terá como principal função a acumulação de gordura em excesso em algumas zonas do organismo. Essa gordura poderia ser eliminada através da prática de exercício físico rotineiro, no entanto a presença dos computadores e das consolas de jogos faz com que a sedentariedade dos jovens seja uma realidade comum.
A obesidade na adolescência pode trazer várias consequências para o jovem que podem até afetar o resto da sua vida, incluindo: as alterações da postura e até ortopédicas, com problemas de ossos (devido ao excesso de peso para o esqueleto formado); a criação de hipertensão arterial, o que nos jovens pode tornar-se mesmo muito complicado de controlar e detetar a tempo; um enorme desconforto respiratório, que vai afetar até a subir as escadas do prédio ou mesmo a deslocar-se para a escola; problemas dermatológicos, devido ao peso em excesso a sua pele acabará por tomar outras formas que dificilmente voltará ao normal sem ajuda de cirurgia estética; vários problemas de saúde, nomeadamente o colesterol e triglicerídeos elevados, principalmente devido à má alimentação tida durante imensos anos; os inúmeros problemas psicossociais, fruto de uma fraca autoestima durante toda a adolescência, momento em que geralmente se fazem as amizades para a vida; e ainda uma grande dificuldade em afastar a persistência da obesidade na idade adulta, pois os hábitos foram adotados e serão bastante complicados de esquecer completamente.
Infelizmente a obesidade na adolescência é uma realidade dos dias de hoje, nomeadamente em Portugal, mas felizmente existem vários tratamentos que pode tentar para evitar um futuro complicado para a sua criança. O mais importante de tudo é que esta sinta que tem todo o apoio psicológico da família e amigos para ultrapassar um problema tão complicado como este.


Comentario: Hoje em dia estamos vivendo  a era dos excessos, o que está desencadeando tantos problemas para a saúde dos jovens,  mas o pior não é lidar com a obesidade , é  sim com a rejeição as criticas da sociedade.

BULLYING



Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.

O bullying se divide em duas categorias:
a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos sendo violência física
b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima.

O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo.

As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as “próximas vítimas” do agressor.
As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.

O(s) autor (es) das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia, pertencentes à famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.







Comentário:

O bullying já virou mania entre os adolescentes, apesar de que ninguém se da conta o quanto é grave esses tipos de “brincadeirinhas”, com certeza quem comete este fato tem problemas pessoais e acabam envolvendo outras pessoas e causando nelas sérios problemas também. O bullying ocorre em lugares onde há uma convivência maior com as pessoas como, por exemplo, escolas e faculdades, o que pode acontecer para melhorar essa situação é uma supervisão maior nesses ambientes.




Postado por Amanda Letícia.



terça-feira, 12 de março de 2013

Violência e mortalidade


Este artigo trata da problemática da violência na adolescência, fenômeno extremamente grave hoje, do ponto de vista social e de saúde pública.
Procura-se mostrar que a "adolescência" como etapa biológica da vida possui, na sua configuração, um peso social fundamental. Não existe adolescência em geral, assim como não há violência em geral.
Tomando como base a classificação da Organização Mundial da Saúde, constata-se que as "causas externas" constituem a primeira causa de morte na faixa etária de 5 a 14 anos (46,5%) e dos jovens de 15 a 29 anos (64,4%), no conjunto das causas de mortalidade desses grupos de idade.S
endo nesses segmentos etários a primeira causa de morte. São dados estarrecedores que apresentamos em tabelas, a seguir, como pano de fundo para uma reflexão mais reveladora.
Evidentemente que esse grupo de causas não consegue dar conta de todos os tipos de violência que nossa consciência social conhece. No entanto, constituem parâmetros importantes para pensarmos, do ponto de vista da saúde, tanto a "previnibilidade" como a "previsibilidade" das ações, como chama a atenção Mefio Jorge (1988).

quarta-feira, 6 de março de 2013

Criminalidade


Abro o jornal na página policial e mais uma vez a chamada da reportagem é para um crime cometido por adolescente. Embora o assunto não seja estranho, algo incomoda mais do que o habitual. Novamente aquela insistente repetição: adolescentes drogados cometem crime. E os adolescentes não drogados que cometem crime? As estatísticas parecem servir de estofo para alimentar essa série imaginária: crimes, drogas, adolescentes e a lei. A última pesquisa a que tive acesso referia que 80% dos adolescentes privados de liberdade tinham feito uso de drogas lícitas e/ou ilícitas. Como não ficar aturdido com esses números e logo pensar que a chave dessa série seria a droga?
Circula no imaginário social a idéia de que há um laço, ou melhor dizendo, um nó, entre crime e drogas. Imaginado que índice sobre todas as instituições que lidam com adolescentes. A ponto de que qualquer modificação do comportamento corre o risco de ser interpretada como sintomática do uso. Aqui se coloca outra especificidade, que não será abordada, embora fundamental: a distinção entre uso, abuso e dependência.
Bem, que um adolescente tenha cometido um crime e depois saibamos que ele fez ou faz uso de drogas não seria o problema, se a droga não fosse tomada como causa unívoca e inequívoca da transgressão. Mas o raciocínio avança: se o adolescente que cometeu crime estava sob efeito de droga, logo todo adolescente envolvido com droga corre o risco de cometer crime. Então, resultado da equação: a droga é a culpada, quando não a autora.
No contexto das instituições que lidam com o adolescente, o objeto droga ocupa, como no imaginário social, o centro da cena e o lugar de personagem principal; assim, desloca o sujeito ao papel de coadjuvante.










Comentário: A tendência é piorar porque não há política capaz de, no médio prazo, dirimir o problema.
o adolescente não tem espaço na sociedade por falta de oportunidade no mercado de trabalho e por constituir família. Os principais fatores que contribuem com esses adolescentes a partirem pra essa vida do crime é o abandono escolar, o relacionamento familiar e a classe social. Muitas vezes os adolescentes querem aparelhos eletrônicos, roupas e tênis de marca que são muito caros e os pais por terem uma renda miníma não podem comprar.


Tabagismo


Segundo SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) 26% dos brasileiros com mais de 16 anos  fica exposto em média há quatro horas por dia a fumaça do cigarro em ambientes fechados.
Segundo o Datafolha, mais da metade do grupo de fumantes passivos ficam até duas horas respirando a fumaça dos outros. Isso é pior do que passar duas horas fumando direto, pois a pessoa fuma a fumaça pura, sem passar por filtro.
Segundo o presidente da SBPT, Jussara Fiterman, a condição dos fumantes passivos é pior, pois a maioria dos municípios não proibiu fumódromos e devido às pessoas que moram com fumantes.
Segundo o estudo mais recente do Inca a geração de brasileiros nascidos a partir da década de 80 começa a fumar aos 17 anos. No Centro-Oeste e Nordeste começa antes dos 15 anos de idade. A proporção de jovens do sexo feminino que começa a fumar antes dos 15 anos é 22% maior do que os homens. Os jovens são a parcela da população que menos procurou ajuda para deixar de fumar.
Os jovens são os mais sensíveis para a propagada pró-tabaco do que os adultos. Isto indica um esforço da indústria de tentar atingir as pessoas com menos de 24 anos. Isto fortalece a necessidade de criar estratégias de informação sobre o tabaco por meio de formatos e conteúdos variados.
Na pesquisa os jovens relataram um nível de dependência elevado ou muito elevado em relação aos adultos. Segundo o Inca a pesquisa demonstrou a necessidade de melhores ações  de controle do tabagismo entre a população de 14 a 15 anos.

AIDS na Juventude

Em todo o mundo, nos últimos anos, tem crescido o número de ocorrência de AIDS entre adolescentes, em dados referentes a novas infecções essa faixa etária tem superado a população adulta. Em média, cerca de 50% dos novos casos de AIDS ocorrem em jovens de 15 a 24 anos. Grande parte dos infectados está na faixa dos 20 anos. Entre os jovens infectados, as mulheres representam a metade de todo o grupo. Mulheres acima de 13 anos são infectadas por transmissão sexual e por uso de drogas injetáveis.
Entre os homens, a transmissão predominante ocorre pelo ato sexual, o contágio homossexual representa 30 % dos casos, e o uso de drogas injetáveis 20%.
Analisando o comportamento dos adolescentes, verifica-se que os traços comportamentais, socioeconômicos e biológicos expõem esse grupo mais facilmente ao HIV. Nos adolescentes, a atividade sexual inicia, muitas vezes, sem cuidados como o uso da camisinha.
O fato de não usar a camisinha pode ser causado pelo abuso de álcool e drogas. Quando o adolescente inicia um namoro “firme” cria-se o hábito de dispensar o preservativo na crença da fidelidade entre o casal.
Para a sociedade, a camisinha é defendida pelas organizações de saúde como uma prova de amor e cuidado consigo mesmo e com o próximo, para as meninas não usar o preservativo gera um sentimento de medo de serem renegadas ou maltratadas pelos seus parceiros.
Acredita-se que a iniciação sexual  prematura e a falta de cuidados entre os adolescentes esteja ligada aos apelos eróticos e facilidades apresentadas pelos veículos de comunicação. A televisão e a internet expõem  imagens e opiniões que geram padrões de comportamento sexual e de consumo nos adolescentes.
Esse padrão escapa da tradição cultural de uma determinada região e indica ao jovem que o sexo é algo comum, que todo mundo faz de todos os jeitos e livres de doenças, num processo de educação sexual informal.
Biologicamente, as mulheres jovens possuem fatores que facilitam a infecção. As meninas possuem células imaturas na cavidade vaginal e no colo do útero que não defendem o organismo contra a infecção, como ocorre nas mulheres mais maduras. Os homens mais novos possuem a capacidade de realizar o ato sexual com maior frequência e dessa forma ficar mais suscetível ao vírus.
O adolescente soropositivo, na maioria dos casos, convive com outros jovens e em seu meio social se vê obrigado a restringir aspirações e necessidades para manutenção de seu tratamento. A vida sexual e afetiva para o adolescente infectado com a AIDS passa a ser vista de maneira limitante, assim como considera ser um desperdício investir em planos de longo prazo referentes a estudos, profissão e tratamento.
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Fonte: http://www.infoescola.com/doencas/aids-na-adolescencia/

Comentario: O aumento do numero de casos de AIDS nos jovens e adolescentes é causado principalemnte pela falta de informação, a educação sexual informal que surge nos novos meios de comunicação fez com que os jovens a busquem como novidade, saindo dos padrões enrraizados na sociedade. Fazendo com que eles não usem os preservativos, como a camisinha, por estar sobre efeito de drogas e alcool ou por estar em uma relacionamento sério, onde usar camisinha é não ser fiel.

Postado por: Walter B.

DEPENDÊNCIA

INDEPENDENCIA OU MORTE 
Quando conversa sobre drogas com adolescentes, a psicanalista paulistana Lídia Aratangy costuma falar de tudo, menos das substâncias químicas. Ela não se detém na descrição dos males do álcool, da maconha ou da cocaína. Prefere, antes, discutir um tema que considera caro a qualquer ser humano: a liberdade de escolha. “É um paradoxo difícil de resolver. As drogas surgem na vida de um indivíduo como concretização do desejo de liberdade, mas desembocam em escravidão”, afirma. Essa “escravidão” pode acontecer depois de dez anos de consumo indiscriminado de álcool ou um mês de uso de crack. No fundo, diz a terapeuta, a dependência de qualquer substância prejudicial – mas aparentemente prazerosa – revela uma inabilidade em lidar com a frustração e a renúncia.
A postura de Lídia está afinada com uma nova conduta no tratamento de dependentes. Esse método, que ganha cada vez mais força na Europa, discute o uso indevido das substâncias químicas e a relação de dependência que se estabelece com elas. A droga  fica em segundo plano. As terapias tradicionais, ao contrário, buscam a abstinência a qualquer custo. Essas terapias, ainda dominantes, pregam o afastamento total das drogas e a chamada “tolerância zero” – como o tratamento mostrado no filme Trainspotting, em que o dependente é trancado num quarto até que seu organismo se “desintoxique”.
Um exemplo das novas propostas, no Brasil, é o Programa de Orientação e Assistência ao Dependente (Proad), ligado à Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp, cujo modelo de prevenção dá ênfase à qualidade de vida. “Em vez de campanhas para evitar que um adolescente use drogas, procuramos reforçar sua auto-estima e a satisfação com seu dia-a-dia para que ele, caso tenha contato com as drogas, não se torne um dependente”, diz o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do programa.
Antes vista como um problema de polícia, a dependência de substâncias químicas passou a ser considerada uma doença crônica, que pressupõe três fatores: personalidade vulnerável, disponibilidade da doga e contexto favorável ao uso. “Hoje se entende que a dependência é um processo complexo, que envolve alterações neurofisiológicas, componentes psicológicos e também sociais”, afirma a médica Maristela Monteiro, da Organização Mundial de Sáude. Esse é um dos motivos que levaram os psiquiatras a evitar o uso da palavra “vício” – sinônimo de defeito, fraqueza. Pode parecer uma questão semântica, mas representa uma tentativa de diminuir o preconceito que ainda cerca o tema. Há quem pense que usar cocaína ou abusar da bebida é decorrência de falha de caráter. Não é.
Dependentes todos nós somos. Ao respirar pela primeira vez, quando nasce, o ser humano torna-se dependente de oxigênio. Sem ele, seria impossível viabilizar diversas reações químicas no organismo e colocar o cérebro em atividade. Somos dependentes de água, de comida, de afeto. E também do prazer, uma sensação essencial para a preservação do indivíduo e da espécie.
O problema está em buscar maneiras artificiais de sentir esse prazer, estimulando o cérebro a criar sensações de felicidade. Eis a chave da dependência que leva às drogas. Começa com o uso recreativo de alguma substância que traga a sensação de bem-estar. Depois, enganado pela falsa idéia de que detém o controle sobre a situação, o indivíduo passa ao uso abusivo. “A droga altera o circuito cerebral do prazer e cria um apetite específico por aquela substância. A pessoa vai sentir uma vontade intensa de usá-la cada vez mais”, diz o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, da Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas, na Unifesp.
“A partir daí, você não tem mais uma relação de autonomia com a droga. Em vez de mandar nela, ela é que manda em você”, afirma a psiquiatra Florence Kerr Corrêa, da Universidade Estadual Paulista, em Botucatu. Sua rotina e seus compromissos sociais são pautados pela necessidade que tem de consumir a droga. É por isso que a prevenção de recaídas – um tipo de terapia adotada nos ambulatórios dos hospitais – insiste em quebrar e em evitar qualquer ambiente que traga a lembrança do uso da droga.
“A dependência pode ser um transtorno do controle dos impulsos”, diz Dartiu, do Proad. Ao que se sabe, esse transtorno está relacionado a alterações no comportamento de duas substâncias cerebrais: a dopamina, ligada às sensações de prazer, e a serotonina, que regula as emoções. As drogas modificariam o funcionamento e a quantidade dessas substâncias no cérebro. Talvez a genética também possa influenciar. “Há alguns fatores, provavelmente herdados, que fazem com que o indivíduo seja mais ou menos vulnerável a uma droga”, afirma Florence.
Para o psiquiatra Eliseu Labigalini Júnior, da Unifesp, o dependente vai perseguir sempre a sensação que provou nas primeiras vezes em que usou a droga. “Trata-se de uma experiência que a pessoa não vai conseguir repetir”, diz. Eliseu participa do Programa de Redução de Danos, criado pelo Proad, que prevê diminuir ao máximo os prejuízos que uma droga traz ao organismo, mesmo que não seja possível alcançar a abstinência total. Esse programa produziu um estudo em 1999 sobre o uso da maconha na redução da dependência de crack. Eliseu acompanhou 25 dependentes que, espontaneamente, usavam maconha como auxílio para controlar a sindorme de absinência do crack. “Aos poucos, conseguimos não apenas que os pacientes largassem o crack, como também que diminuíssem ou abandonassem o uso da maconha”, diz Eliseu. A idéia agora é verificar se a maconha pode auxiliar na abordagem da dependência de drogas mais fortes, como cocaína.
Outra pesquisa realizada por Eliseu investigou as propriedades terapêuticas da ayahuasca – o milenar chá dos índios amazônicos, conhecido também como Santo Daime ou Vegetal. Em 1996, ele avaliou um grupo de 15 ex-alcoólatras que se livraram da dependência do álcool semanas depois de começar a tomar o chá. “O que provavelmente fez com que esses indivíduos abandonassem o consumo de álcool foi a experiência profunda de entrar em contato com o lado escuro deles mesmos e com o próprio inconsciente, facilitada pela ayahuasca e pelo ritual religioso que a envolve”, afirma.
Outro alucinógeno usado em rituais tribais vem despertando o interesse dos pesquisadores: a iboga, planta nativa da África Central. Acredita-se que a ibogaína, princípio ativo extraído da raiz da planta, diminua os sintomas de abstinência e elimine o apetite por drogas. O caso mais conhecido é do pesquisador americano Howard Lotsof, que se livrou da dependência de heroína 30 horas depois de ingerir ibogaína. Ele administrou a substância a sete amigos dependentes e, em cinco casos, o resultado foi o mesmo.
Lotsof descreveu e patenteou o uso da ibogaiína no tratamento de dependências químicas. Mas a comunidade científica recomenda cautela. Foram registrados casos de morte súbita com o uso do alucinógeno. “A ibogaína não foi testada sob condições controladas para comprovarmos se funciona ou não. As evidências de sua eficácia são ainda muito frágeis”, diz o psiquiatra Frank Vocci, diretor da Divisão de Desenvolvimento de Medicamentos, do Instituto Nacional para o Abuso de Drogas, nos Estados Unidos.
Por enquanto, a medicação usada no controle da sindrome de abstinência é a aprovada pelos órgãos de saúde internacionais. Estão sendo desenvolvidas vacinas para a nicotina e a cocaína. Mas os remédios não substituem – e nem é essa a intenção – tratamentos dirigidos ao lado emocional ou espiritual do dependente. Há quem busque, com sucesso, a acupuntura – que ajuda a recuperar o equilíbrio das emoções – como terapia auxiliar nas crises de abstinência.
Na opinião do psiquiatra paulista Wilson Gonzaga, uma experiência espiritual é fundamental para que o dependente queira, de fato, mudar de vida. “Costumo dizer que a embriaguez provocada pelas drogas e a transcendência são andares de um mesmo prédio; só que uma é o subsolo e a outra, a cobertura.” O mesmo vale para qualquer atividade que coloque o indivíduo em contato com o “sagrado”, diz ele.
Depois de trabalhar em clínicas particulares e em órgãos de saúde pública, Wilson se mudou com a mulher para um sítio nos arredores de São Paulo e decidiu abrigar os pacientes em sua própria casa. Atualmente, trata oito dependentes. “Recriamos, dessa maneira, um ambiente familiar”, afirma. Os hóspedes – como são chamados – têm atividades diárias, que vão desde trabalhar na horta até cuidar dos cavalos, sempre em contato com a natureza. Como terapia auxiliar, Wilson propõe um trabalho voluntário aos dependentes que recebem alta. Ele os encaminha para a Associação Beneficente Luz de Salomão, localizada na região central de São Paulo, que atende moradores de rua. “Trabalhar em prol do outro é um grande remédio para a auto-estima. A pessoa começa a se valorizar e se sente muito bem com isso.”
É por isso que tratamentos psicológicos são cada vez mais recomendados na recuperação de dependentes. Em grupo ou individualmente, estimulam o paciente a identificar as motivações internas que o levaram a uma relação doentia com as drogas ou com algum padrão de comportamento em especial. Isso mesmo: a comunidade médica começa a admitir que o ser humano também pode se tornar dependente de hábitos como fazer sexo, assistir TV ou jogar. “Nas dependências não-químicas, ainda não podemos falar com segurança em alterações neuroquímicas. Mas o aspecto psicológico é bem semelhante aos casos de dependencia quimica”, afirma o psiquiatra Aderbal Vieira Filho, responsável pelo ambulatório de sexo patológico do Proad.
Os workaholics – sujeitos que vivem em função do trabalho – são um exemplo de dependência não-química. O cotidiano deles revela os mesmos sintomas de um dependente de crack: conflitos de auto-estima, impulsividade e tentativa de sanar artificialmente sentimentos como carência e frustração. No entanto, como trabalhar em excesso é um comportamento socialmente aceito, essa dependência passa batida – ao contrário do sujeito que já perdeu a casa e as calças por conta da jogatina desenfreada. “O limite entre um hábito normal e aceitável e o que é uma dependência muitas vezes não é claro”, afirma o psiquiatra Dartiu. “A dependência se caracteriza como perda de controle. Perder o controle uma vez na vida acontece com todo mundo. Mas, quando isso se torna uma rotina e o indivíduo começa a se prejudicar, é uma dependência que precisa ser tratada.”
Veja o caso de Luana (o nome é fictício, a história não), uma secretária paulistana de 32 anos. Casada e mãe de dois filhos, ela não via hora nem lugar para fazer sexo. “Conhecia alguém interessante e fazia de tudo para conquistá-lo”, diz. Saía do serviço para o almoço e passava a tarde no motel. Inventava reuniões para chegar tarde em casa. Enfim: começou a faltar ao trabalho e a mentir para a família. “Constatei que estava com um problema quando essa fissura por sexo passou a me prejudicar”, diz. “Na hora, era tesão e pronto. Depois, me perguntava por que havia feito aquilo.” Luana buscou o Proad e hoje, depois de um ano de terapia, se sente livre da dependência.
Além dos ambulatórios especializados, uma saída para os dependentes não-químicos são os grupos de ajuda mútua, popularmente conhecidos como grupos de anônimos. O primeiro de todos foi o Alcoólicos Anônimos, fundado em 1935 por dois alcoolistas da cidade de Akron, nos Estados Unidos. A terapia consiste em 12 passos que se deve seguir na busca pela recuperação. Não há nenhum tipo de acompanhamento profissional. São apenas dependentes – de álcool, cigarro, sexo, drogas, comida, jogo ou afeto, conforme cada irmandade – contando aos seus pares como venceram, ou procuram vencer, sua compulsão. “Os grupos de anônimos são eficazes porque logo no primeiro passo estabelecem que o indivíduo deve reconhecer que sua vida está ingovernável, que ele perdeu o controle e precisa buscar ajuda”, diz o psicólogo paulista Vicente Parisi.


Fonte: SUPER ABRIL



Comentário:  A dependência é um assunto tão importante hoje  que a Organização Mundial de Saúde decretou 2001 como o ano da saúde  mental. Ninguém está livre de virar um dependente.Estamos vivendo  um tempo em que todos acham que se afundar em drogas bebidas torna uma pessoa descolada, bakana e afins. Por isso, é tão fácil cair na frustração e na tentação de ingerir drogas licitas e ilicitas ”.
Não importa qual a terapia escolhida para vencer uma dependência, a participação da família do dependente faz a diferença. Saía do  buraco, é sempre tempo de gritar por independência. E refletir sobre o verso do poeta Manuel Bandeira (1886-1968): “Uns tomam éter, outros cocaína. Eu já tomei tristeza, hoje tomo alegria.”

terça-feira, 5 de março de 2013

Consequências do álcool na juventude


O uso abusivo do álcool é especialmente fatal para os jovens, além de ser a causa principal de morte em homens entre 15 e 59 anos. Segundo a OMS, 320 mil pessoas entre 15 e 29 anos morrem ao redor do mundo anualmente de causas relacionadas ao consumo do álcool.

Em 2004, conforme dados publicados pela ONU, o álcool já era considerado o principal causador de 60 tipos de doenças e ferimentos. Entre a lista de mazelas causadas pela bebida estão cirrose, epilepsia, envenenamento e diferentes tipos de câncer – entre eles, câncer colorretal, mama, laringe e fígado.

Entre as conseqüências principais em curto prazo, também estão: mal-estar físico e psíquico, perda do controle, comportamento anti-social, enjôo, vômitos, tontura, ressaca, dor de cabeça e depressão.


O que pode causar em nosso corpo:




Cérebro

Na adolescência, o uso abusivo pode causar a destruição de neurônios e impedir a realização de sinapses, fundamentais a processos como o de aprendizagem. O álcool causa alteração da memória e perda de reflexos, o que pode contribuir para acidentes de trânsito.

Esôfago

O álcool danifica as células do esôfago, causando uma inflamação chamada esofagite. Pode causar sensação de queimação e dores quando um alimento for engolido.

Coração

O álcool provoca um alargamento das fibras do coração, resultando em uma doença cardíaca que pode provocar até a insuficiência do órgão.

Estômago

O álcool contribui para o desenvolvimento da gastrite, uma inflamação da camada interna do estômago. Quando é muito grave, pode causar úlcera, ferida na parede dos estômago de provoca dores fortes. 

Fígado

É o único órgão que metaboliza o álcool no organismo. Quando a pessoa bebe demais, ele é sobrecarregado e suas células ficam inflamadas, provocando a hepatite. A cirrose, conseqüência mais grave da hepatite, que pode ocorrer após dez anos de uso abusivo, provoca a degeneração do órgão.

Intestino

Assim como o estômago, o intestino pode desenvolver uma úlcera por conta da inflamação das células ou ainda um câncer, além da síndrome da má absorção.

Aparelho reprodutor

O uso crônico provoca alteração nos vasos sanguíneos de todo o corpo. Nos homens, ele pode ter ação nos vasos do pênis, provocando a impotência. Além disso, pode inibir a produção de hormônios que ajudam a produzir os espermatozoides, causando infertilidade. 

Músculos

O álcool interfere na absorção de vitaminas do complexo B, importantes na transmissão nervosa entre o nervo e a placa motora. Isso provoca uma atrofia muscular, a chamada polineurite alcoólica. 


Ossos

O álcool enfraquece os ossos, provocando a osteoporose.


Fonte: 
http://www.alcoolparamenoreseproibido.sp.gov.br/?page_id=31 http://www.mundovestibular.com.br/articles/4285/1/ALCOOL-NA-ADOLESCENCIA/Paacutegina1.html




Comentário:

Muitas pessoas ainda não sabem como é prejudicial o uso abusivo do álcool principalmente na adolescência em que esses são mais sensíveis, levando em conta que está se tornando cada vez mais fácil e normal o acesso a bebidas alcoólicas. É importante a divulgação das conseqüências que o álcool causa, pois talvez assim as pessoas se conscientizem e cuidem pelo menos da sua própria saúde.



Postado por  Amanda Letícia.